Tectónica de placas
Novas descobertas científicas causaram a retomada da ideia de mobilidade dos continentes:
✦ Idade do assoalhado oceânico.

✦ Reversões geomagnéticas no passado da Terra.

✦ Distribuição mundial de atividade sísmica e vulcânica.

A teoria da tectónica de placas é mobilista e assume que a litosfera se encontra fragmentada em placas litosféricas.

Nota: Mobilismo – a posição atual dos continentes é diferente da posição que ocupavam no passado e será diferente da que ocuparão no futuro.
A evolução do aspeto da superfície terrestre é consequência da mobilidade destas placas que possuem dinamismo nas suas fronteiras – limites de placas.
Limites
As fronteiras de placas são locais onde se gera atividade sísmica e vulcânica com abundância devido às grandes quantidades de energia geradas pelo movimento de entre as diferentes placas.
- Construtivos/Divergentes: São aqueles em que o movimento entre as duas placas litosférica faz com que elas se afastem uma da outra devido à ascensão de magma. Situam-se nas dorsais oceânicas e são locais de formação de litosfera.

- Destrutivos/Convergentes: São aqueles em que o movimento entre as duas placas litosféricas faz com que elas se aproximem uma da outra.
Situam-se me zonas em que uma placa é subductada (zonas de subducção) e se verifica a sua destruição. O material subductado acaba por fundir e ascender na placa cavalgante, dando origem a vulcões. (oceânica-continental e oceânica-oceânica) O choque entre placas (continental-continental) leva à formação de montanhas e à deformação das rochas envolvidas.
continental-continental
continental-oceânica
oceânica-oceânica

Nota: A placa oceânica é subductada porque é mais densa.
- Conservativos/Transformantes: São aqueles em que o movimento entre as duas placas litosférica faz com que elas deslizem uma em relação à outra. São locais onde não há formação ou destruição de litosfera.

Movimento das placas
As placas litosféricas assentam sobre a astenosfera.
A parte inferior da astenosfera encontra-se mais quente que a parte superior devido ao calor que ascende do interior da Terra, pelo que o magma (que lá se encontra) torna-se menos denso e tende a ascender.
Ao chegar à base da litosfera, parte do magma ascende à superfície através do rifte (contribuindo para o aumento da litosfera), o restante tende a movimentar-se paralelamente à base da litosfera.
Ao longo deste trajeto, o magma perde o calor devido à resistência que sofre, tornando-se mais denso com tendência para descender.
Este processo repete-se formando as correntes de convecção.

Nas zonas onde as correntes de convecção ascendem, as placas sofrem afastamento (divergência). Nas zonas em onde as correntes de convecção descendem, as placas aproximam-se (convergência)
evidências
-As rochas mais jovens encontram-se nas proximidades da dorsal, aumentando a sua idade com o afastamento da dorsal
-As rochas mais jovens apresentam polaridade idêntica à do campo geomagnético atual.
-Existe um padrão de magnetização que apresenta simetria em relação à dorsal (rochas à mesma distância da dorsal apresentam polaridade idêntica). Demonstrando a simetria do espalhamento e a frequência da inversão de magnetização.
Se na dorsal existe criação contínua de placa e não existe evidência de que a Terra estivesse a aumentar de tamanho, teria que haver um local onde estivesse ao correr a destruição da crosta. Este local são as zonas de subducção.
fundo oceânico

✦ Plataforma continental: Zona emersa do continente.
✦ Talude continental: Limite da parte emersa docontinente. É uma zona de declive acentuado.
✦ Planície abissal: Área extensa com topografia suave eplana.
✦ Dorsal médio-oceânica: Cadeias montanhosas que na sua região central possuem um rifte por onde ascende magma.
✦ Fossa oceânica: Zona de subducção onde uma placa mergulha sob a outra.